Mundo
Otimismo e esperança seguiram o colapso do Comunismo, mas os efeitos colaterais do fim da Guerra Fria estavam só começando, como o advento terrorista em regiões do Terceiro Mundo, especialmente na Ásia. O Primeiro Mundo experimentou crescimento econômico estável durante toda a década.
Muitos países, instituições, companhias e organizações consideraram os 90 como “tempos prósperos”. Muitos países ocidentais tiveram estabilidade política e diminuíram a militarização devido ao fim da Guerra Fria, levando ao crescimento econômico e melhores condições de vida para as classes altas. Isso também teve a colaboração dos baixos preços de petróleo, devido a um excesso de óleo no mercado. Países da ex-URSS tiveram sua capitalização financiada pela descoberta de petróleo e gás natural.
Apesar da prosperidade e democracia, houve um “lado negro” significativo. Na África, o aumento nos casos de AIDS e inúmeras guerras levaram á diminuição da expectativa de vida e nada de crescimento econômico. Em ex-nações soviéticas, havia fuga de capital e o PIB decrescente. Crises financeiras nos países em desenvolvimento foram comuns depois de 1994, apoiados pela globalização. E eventos trágicos como as guerras nos Balcãs, genocídio de Ruanda, a Batalha de Mogadíscio e a primeira Guerra do Golfo, assim como o crescimento do terrorismo, levou á idealização do choque de civilizações.
A cultura jovem foi caracterizada por ambientalismo, antiglobalização capitalista, empreendedorismo e vulgaridade artística. Modas eram individualistas, as mais notáveis tatuagens e piercings. Jovens se interessaram por atividades ligadas á natureza como escalada e caiaque.
Brasil
Os anos 90 começaram com instabilidade, com o confisco de poupanças do presidente Fernando Collor. Os negócios escusos de Collor mais tarde levariam milhares de jovens (mobilizados por uma forte campanha de mídia) a criarem o movimento “Caras Pintadas” e pedirem seu impeachment.
No governo seguinte (Itamar Franco), o país experimentou estabilidade econômica e crescimento com o Plano Real (1994), que igualava a paridade da moeda e do dólar. O Ministro da Fazenda que criou o Real, Fernando Henrique Cardoso, se elegeria presidente por duas vezes seguidas naquela década. O Real só começaria sua desvalorização no final da década.
Música
Com a ajuda da nova emissora de televisão MTV, o rock voltou às paradas com o estilo grunge, popularizado em grupos como Nirvana e outros grupos de Seattle, como Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden e Stone Temple Pilots. Com a morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana, em 1994, o movimento começa a perder força.
O Metal Sinfônico começa a se manifestar com a aparição de bandas como Within Temptation, Nightwish, Tristania, After Forever entre outras. Estas bandas implementam temas mais escuros e profundos nas suas letras, usando sons orquestrais e coros juntamente com os sons típicos do rock.
O rock nacional revela vários nomes, dos mineiros Skank, Jota Quest e Pato Fu, ao mangue beat de Chico Science & Nação Zumbi, passando pelos Raimundos, Mamonas Assassinas e Charlie Brown Jr. No heavy metal, destaque para o Sepultura e para os paulistas do Angra. No hard rock nacional, destacou-se o Dr. Sin e Golpe de Estado.
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